músicas
A CIDADE SUMIU
A música é sobre um beijo roubado capaz de fazer tudo em volta desaparecer. O tempo parado, o suor nas mãos e a ilusão de que tudo vai durar pra sempre. Uma letra capaz de traduzir uma sensação única que muitas pessoas já experimentaram. A trilha perfeita para uma paixão arrebatadora!
Cadu Pereira está mais leve, mais tranquilo. "A Cidade Sumiu" tem uma vibração gostosa e dançante. Depois do intenso álbum "Vendo o Mundo", de 2022, o compositor retorna com uma balada singela e apaixonante. Esse é o primeiro de uma série de singles que compõem essa nova fase do músico.
Novo single estreia dia 19/07/24
VENDO O MUNDO
cadu pereira
ANTES DO NADA - SOMOS IGUAIS - IMENSIDÃO - ANTES DA EVOLUÇÃO
QUANDO EU FECHAR OS OLHOS - COMO EXPLICAR A VIDA - AO REDOR DO CHÃO
"'ANTES DO NADA" é a primeira de uma série de sete canções do álbum "Vendo o Mundo"
ANTES DO NADA
‘Antes do Nada’, versa sobre a verdade e como a comunicação nos aproxima e nos afasta da realidade. Quem falou primeiro? Uma inspiração sobre o primeiro homem que falou. “O primeiro homem sabia tudo sobre a nossa origem. Talvez ele soubesse as verdades das questões que buscamos hoje. Ele teve essa necessidade de se expressar. Hoje, olho no espelho, procuro esse cara em mim e descubro que o melhor é falar cada vez menos”.
Musicalmente o destaque dessa música vai para a mixagem impecável onde a cada verso pode-se surpreender com sonoridades diversas que surgem ao longo da música e conduzem essa viagem.
SOMOS IGUAIS
A segunda música é um mergulho pra dentro de si.
‘Somos Iguais’, fala sobre a passividade do ser humano e como o mundo nos dispersa com a infinidade de coisas que temos a disposição. Mesmo assim, é constante a vontade de explodir e mandar tudo pro espaço. De deixar tudo pra trás e viver uma outra coisa que buscamos mas ainda não sabemos o que é. A música também evidencia o quanto somos pequenos em relação ao todo. “somos herança dos mesmos ancestrais, um grão de areia no meio de tudo mais, somos iguais”.
Essa música tem uma pegada de Talking Heads, é dançante e incisiva ao mesmo tempo. O lançamento no dia 7/7 é também uma homenagem ao aclamado disco 77.
Destaque pra guitarra que bota o público pra dançar depois da segunda estrofe e para a passagem em acordes menores no meio da canção.
IMENSIDÃO
A terceira música desse álbum é uma viagem pelo espaço.
A música fala sobre perdas na ótica de um astronauta solitário no espaço. A percepção que não somos nada em meio ao universo imenso. Como a tecnologia avançada não supre as verdadeiras necessidades do ser humano e não evita que tragédias acorram e vidas se percam.
“Essa música nasceu em mim depois da tragédia que aconteceu em Brumadinho. O impacto daquelas imagens foi o primeiro insight para essa canção”. A inspiração fica evidente na música em versos como “de repente um mar de lama rasga o chão em minha direção” e no refrão que pergunta “quem foi que deu adeus”.
Quanto a sonoridade, essa foi a música mais pensada e elaborada durante todo o projeto. Os sons foram projetados para criar um ambiente espacial, com os teclados e as guitarras, mas que ao mesmo tempo se conectasse com a simplicidade na terra, representada na música pelos violões. A música é pulsante e a melodia é maravilhosa. As viradas de bateria são muito bem colocadas e a dinâmica crescente leva à uma parte final que torna a canção em algo maior. Imensidão é imensa em sons e sensações.
ANTES DA EVOLUÇÃO
Estamos evoluindo ou só estamos indo mais rápido?
‘Antes da Evolução’, é um contraste entre o antigo e o moderno, a transição entre o passado e o futuro e como a evolução nos afasta da nossa essência. A percepção de um mundo onde tudo é concreto e incerto ao mesmo tempo. Onde a sociedade é capturada pelo consumo desenfreado e da produção em massa que distrai e afasta o homem da sua verdade. “Desistimos de buscar a verdade pra multiplicar”
Quanto a execução musical, uma guitarra atravessa o início da canção e rompe com tudo que veio antes. O ritmo acelera, o baixo evolui e faz tudo caminhar mais rápido. No refrão, a música se desenvolve no melhor do estilo das bandas de rock nacional. Por fim, um duelo de guitarras entra em ação com o Webster na esquerda e o Fontanetti na direita fazendo um final épico para essa canção.
QUANDO EU FECHAR OS OLHOS
A faixa cinco é sobre a frustração na busca da felicidade.
‘Quando Eu Fechar os Olhos’, é uma música sobre fim, sobre desistir, sobre angústia que nos consome enquanto buscamos a felicidade, o amor, os nossos desejos mais sinceros. “Busca essa que as vezes nos leva pro outro lado... e aí você desiste porque está te fazendo mal... é sobre quando a gente entrega os pontos, sabe?”
A faixa tem um ritmo daqueles que é difícil o ouvinte ficar parado. Vale ressaltar o riff de guitarra no início e o violão que empurra a música pra frente. As marcações de piano e a base de hammond são determinantes na rítmica empolgante dessa canção.
COMO EXPLICAR A VIDA
A sexta faixa questiona Deus, o acaso e as crenças.
‘Como Explicar A Vida’, Outra música com potencial para ser a principal do álbum. Uma canção intensa que tem a morte como tema central. A crença em Deus e o poder do acaso, no que acreditar? O título do álbum é extraído dessa faixa em um verso paradoxal, “vendo o mundo como ele é”, que propõe ao mesmo tempo ver o mundo como um espectador atônito ou vender o mundo como quem quer se desfazer de algo que não lhe serve.
Musicalmente, o início da canção é muito marcante, tem um violão lindo. A interpretação vocal é destaque aqui também e se intercala com uma guitarra muito bem colocada entre os versos. O refrão se repete como um mantra e no final as linhas de teclado se juntam com um solo de guitarra apocalíptico. “Pedi para o Webster fazer um solo para o fim do mundo e ele fez”.
AO REDOR DO CHÃO
Pra fechar o álbum, a sétima faixa é sobre seguir em frente.
‘Ao Redor do Chão’, é sobre ciclos, reencontros, voltas e sobre a percepção de que cada dia é mais do mesmo. É sobre continuar, sobre a necessidade de ser sincero consigo mesmo, de seguir seu sonho independente do mundo que nos cerca. A última frase da canção fecha o álbum interrompendo o discurso de uma forma bem sugestiva: “as ondas se quebram, eu fico fora do ar”.
Quanto a execução, é a música mais calma do disco e a mais contemplativa. Uma levada constante eleva o astral em linhas muito bem desenhadas por todos os instrumentos. Guitarras, violões, teclados, baixo e bateria em perfeita harmonia. O solo final é um crescente de toda a banda com destaque para a guitarra sofisticada do Fontanetti que fecha o álbum de forma muito elegante. Fica um gosto de quero mais.